domingo, 9 de fevereiro de 2014

COMPRAR NA BAIXA, COMPRAR NUM CRASH










Um crash é um acontecimento impressionante, independentemente do mercado em que ele acontecer.  É um momento de adrenalina pura e muitos dramas.  Fortunas são ganhas e perdidas - geralmente perdidas.  Quando as Bolsas despencam, surge uma oportunidade formidável de se comprar boas ações a preços baixos.  Na hora do crash, vem tudo abaixo, sem muito discernimento.  No ponto mais baixo, você pode formar novas posições que geram retornos enormes depois que ele chega ao fim.

Comprar num crash é igual a vender numa bolha e, aqui também, é melhor deixar para entrar quando o crash já tiver acontecido do que tentar adivinhar o fundo do poço enquanto está depencando.  Quanto maior a derrocada, mais tempo você terá para voltar a entrar.  Quando o crash é para valer, as ações raramente se recuperam com rapidez, e dizem até que se levarem um ano já é uma recuperação bem rápida.  Portanto, quando o balão voltar a subir, aí sim é a hora de procurar as pechinchas, em vez de tentar descobrir o momento de se atirar às cegas.




Entrar no mercado devagar depois do estouro inicial de 2008 foi uma estratégia muito lucrativa.  Você poderia ter esperado até o fundo do poço, em março de 2009, mas para isso teria que ter mais sorte do que boa análise e julgamento.  O gráfico maior mostra o período que vai do final de 2007 até março de 2009, que é o trecho que aparece entre outubro de 2008 e maio de 2009 no gráfico.
  


Geralmente, as companhias que levaram ao crash não são aquelas que você quer comprar.  As que você procura são aquelas que foram arrastadas pelo mesmo caminho, sem qualquer razão aparente.  quando a Bolsa despenca, empresas que já existem há décadas vão ser levadas nessa onda, junto com as ações superinfladas que explodiram.  É num crash que se separam as ações vencedoras das perdedoras.  As vencedoras sobrevivem e as perdedoras são reveladas como aquilo que são:  invenções muito maquiadas, sem qualquer negócio sólido a sustentá-las.

Enquanto estiver escolhendo as ações que deseja comprar depois do crash, não dê ouvidos à imprensa.  Ela sempre vai dizer que esse é o fim dos mercados financeiros.  E, mais uma vez, vai estar errada.  Pois ainda não é o fim do mundo.  Apenas analise os balanços das empresas em que você estiver interessado e agarre aquelas que se machucaram, mas que contam com negócios sólidos.  Quando o pânico passar, elas vão se dar bem, enquanto as que forem fracas vão afundar.
















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