O tema educação financeira tem recebido
grande destaque nacional e internacional nos últimos anos, como um dos fatores
fundamentais a fim de garantir melhor qualidade de vida hoje, conforto no
futuro, uma vida financeira saudável e equilibrada.
Muitos pais ainda acreditam que dinheiro não
é assunto de criança. Que elas devem se preocupar com os estudos, e que estes,
as farão adultos bem sucedidos com um bom emprego e isso basta. Educação
financeira não significa ensinar seu filho a economizar, mas sim aprender
corretamente o manejo do dinheiro em busca de uma vida melhor.
Quando o indivíduo tem as finanças em ordem,
ele toma decisões e enfrenta melhor as adversidades. E isso ajuda não só na
vida financeira, mas também nos aspectos familiares. Nesse sentido, ao ensinar
uma criança a lidar com dinheiro desde pequena, quando adulta terá maiores
chances de aprender a administrar o seu salário, a sua vida. Vai saber guardar,
guardar pra comprar, guardar pra poupar mais.
Nos países desenvolvidos a educação
financeira das crianças cabe às famílias. Às escolas cabe a função de reforçar
a formação adquirida em casa. No Brasil ainda há muito que se descobrir, a
educação financeira não está presente nem no universo familiar nem tampouco nas
escolas (de um modo geral).
Saber ganhar, gastar e poupar, tudo isso sob
o signo da ética, são habilidades que todos nós precisamos desenvolver, de modo
a manter em equilíbrio nossas vidas. Como não aprendemos, precisamos agora
esforçar-nos em dobro para ensiná–la a nossos filhos.
Educação financeira é a capacidade,
possibilidade de ensinar a criança a:
1.Ser capaz de poupar: Poupar é a capacidade
de planejar no tempo a realização de um desejo, se há um beneficio nesse
adiamento.
2.Ensinar a gastar dinheiro: Gastar dinheiro
é fazer escolhas. Então, a educação financeira precisa fazer bom uso do
estimulo que as crianças se apercebam das escolhas dessa fase, das
consequências dessa escolha.
A educação financeira inclui dar as crianças
condições de perceberem que elas são capazes de se doar em tempo e talento. Mas
tudo isso tem que ser abrigado sob a convicção de que todo ganho e todo uso do
dinheiro deve ser regido pela mais estrita ética. É essa convicção que abre
portas para todos os outros tratamentos do assunto, todo ganho do dinheiro deve
ser regido pela mais absoluta ética.
Educação financeira deve propiciar que as
crianças aprendam a diferenciar necessidades de desejos e a perceber as
possibilidades limitadas que o dinheiro pode atender. Elas devem aprender que
podem sonhar um futuro financeiro melhor. Mas para realizá-lo, terão que
aprender a fazer escolhas, a aproveitar oportunidades,
a buscar formação e informação compatíveis com suas aspirações e muitas vezes a
adiar desejos momentâneos para viabilizar a realização de algum objetivo
importante.
Terão que criar hábitos financeiros saudáveis
que as afaste do consumismo desenfreado, mas, ao mesmo tempo, estimule-as a
desfrutar dos prazeres que o dinheiro pode oferecer, sem tornarem-se escravas
dele.
É como estimular as crianças a aprender a
juntar e manter seu próprio dinheiro, para que elas possam comprar um sorvete sempre
que queiram, mas que não se sintam tentadas a comprar logo em seguida o segundo,
o terceiro ou o sorvete mais caro que houver, acabando com todas suas economias,
expondo-as à frustração no dia seguinte de não poder comprar outro sorvete,
porque gastaram todo o dinheiro no dia anterior.
A alfabetização financeira é tão importante
quanto, pois, a todo o momento manipulamos o dinheiro. Ele afeta diretamente
nossa vida pessoal e, é (para a maioria) a razão da vida profissional. O que
vemos freqüentemente são jovens despreparados endividados, sofrendo com o
consumismo, sem saber planejar o próprio futuro.
Educar não é tarefa fácil. Sobretudo quando
se trata de educar num cenário em que a ética do consumo, as rápidas
transformações dos vínculos familiares e a novidade de viver num ambiente de
economia estável se juntam para nos confundir. Todavia, mesmo difícil,
cansativa e tantas vezes desnorteadora, a aventura de proteger, formar e
emancipar alguém a quem se quer tão bem não tem paralelo em prazer e amor.
Ensinar os filhos a lidar com o dinheiro é parte fundamental nesse processo.
Uma criança aprende melhor a lidar com
dinheiro quando detém de uma educação financeira, do que um adulto que teve que
aprender com os erros pois a base do modelo financeiro são construídas na
infância. Nesta fase ela vai correndo as
impressões que serão levadas para toda vida. Nesta fase, se forma a maneira
como ela percebe o dinheiro: como fonte de prazer, segurança, irritação,
sofrimento, preocupação, a capacidade de se organizar como algo que traz benefício,
ou como algo impossível.
O processo de educação financeira é longo. É
ensinar uma criança para que, na fase jovem e adulta (quando obter nas mãos
responsabilidades com a administração do dinheiro) ela saiba aplica-la. Questão
relacionada ao dinheiro está ligado a ensinamentos de organização, planejamento
controle, responsabilidade, equilíbrio e, principalmente a ética formando
melhores cidadãos. A criança exercita algo essencial como fazer escolhas:
Gastar dinheiro é fazer uma escolha, juntá-lo é fazer uma escolha. Com isso ela
tende a pensar antes de agir para fazer suas escolhas, passa a planejar, olhar
o futuro, passado e o presente simultaneamente, criando sentimento de calma e
menos ansiedade, segurança e confiança em si mesma.
A mesada é referência quando o assunto é
educação financeira, esse instrumento, usado corretamente, ensina a criança a
lhe dar com dinheiro e propicia o aprendizado de poupança, equilíbrio das
despesas, planejamento e falência. Ensinamentos valiosos para toda vida. Quem
sabe lidar com R$10,00 por mês saberá lidar com R$1.000,00, R$10.000,00. Quem não
sabe lidar com R$ 10,00 por mês, a dificuldade só aumentará se o valor for
maior.
O ato de educar é um ato de amor, só se educa
a quem queremos bem. Como qualquer outra educação, a educação financeira não é
diferente. Essa educação é muito mais do que ensinar a criança a lhe dar com o
dinheiro, pois a parte monetária é pequena. A maior parte esta ligada no que se
aprende através do dinheiro: Resolver problemas, fazer escolhas, a capacidade
de se doar em tempo e talento, e principalmente, a capacidade de se planejar e
de controlar os próprios desejos.
SUGESTÕES PARA PRESENTEAR OS FILHOS:
"O menino do dinheiro", um livro para a faixa etária dos 7-10 anos, e "Pai Rico para Jovens" para adolescentes:
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