Evite ações que mostram forte crescimento rápido, já que elas são geralmente bem reconhecidas e com fortes expectativas, o que leva o preço a alturas irrealistas arrastando os investidores. Há evidências disso mostradas pelas ações de internet do final dos anos 90 na combinação de superexcitação e a obrigação dos seguidores de índices ( mesmo os não assumidos ) de comprar essas ações que subiram ( com pequenas flutuações ), empurrando os preços a níveis extremos. As empresas tinham modelos de negócios não testados e nenhum lucro. Além do mais, os investidores não tinham considerado a possibilidade de novas entradas no mercado, concorrência e a introdução de produtos substitutos.
Mesmo empresas bem estabelecidas podem ser maus investimentos. Empresas como a AMBEV, a NATURA, M DIAS BRANCO, SOUZA CRUZ, WEGE, CIELO e TRACTEBEL são boas empresas, com excelente desempenho financeiro e estão em uma forte posição competitiva com boa direção por trás delas. O negócio também tem base ampla e forte. São seguras e quase inevitavelmente durarão mais de 30 anos. Mas elas não vão produzir bons retornos para quem compra ações se são compradas em um momento em que todo mundo sabe que essas são grandes empresas. O preço da ação normalmente sobe para refletir a crença difundida de que a empresa vai ter um bom desempenho. Mas qualquer indicação de problema vai mandar o preço para baixo quando a multidão perceber que o preço foi estabelecido com vistas à perfeição. Não é possível apostar para sempre - no final, até as grandes ações ficam sem gás. Até boas empresas têm um teto. Acreditar que a SOUZA CRUZ é uma boa compra em um P/L de 30, porque poderia subir até 60 vezes é lutar contra as chances. Como investidor com ênfase no valor, você sempre deve manter as chances a seu favor.
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