O livro Common
Stocks Uncommon Profits (Ações comuns, lucros extraordinários) surgiu inicialmente em 1958. Nele Philip apresenta a
questão das ações de crescimento e explica as vantagens do método “scuttlebutt”
para aprender sobre as companhias através de conversas com concorrentes,
fornecedores e, particularmente, com ex-empregados. O livro está cheio de
conselhos práticos para investidores individuais sobre o que fazer e o que não
fazer. Neste capítulo, Fisher explica o que procurar numa candidata a investimento
e identifica as únicas razões para se vender uma ação. Eis o texto de Fisher na íntegra:
" - Existem várias razões pelas quais um investidor
poderá resolver vender suas ações. Ele pode desejar adquirir uma casa nova ou
financiar um negócio para seu filho. Qualquer uma de tantas outras razões
similares, do ponto de vista de se conseguir um melhor padrão de vida, podem
fazer com que a venda de ações seja uma escolha sensata. Mas o motivo para uma
venda como essas é muito mais de caráter pessoal do que financeiro, e está
muito além do propósito desse livro. Os comentários que faremos a seguir são
relativos a um único objetivo – obter o maior retorno em dólares sobre dólares
investidos.
Existem três, e somente três razões para se vender
uma ação. A primeira delas deveria ser óbvia para qualquer um. É quando cometemos um erro na compra
original e torna-se cada vez mais claro que os bastidores daquela companhia
são bem menos favoráveis do que pareciam inicialmente. A forma correta de lidar
com este tipo de situação é uma questão tipicamente de autocontrole emocional.
De certa forma, ela depende também da capacidade do investidor ser honesto
consigo mesmo.
Duas das características mais importantes no
investimento em ações são os grandes lucros que podem advir da manutenção dos
papéis, e a habilidade e a capacidade de julgamento necessárias para fazer esta
manutenção. Como o caminho para se obter esses lucros quase fantásticos é
bastante complexo, não é de surpreender que devam ocorrer alguns erros durante
o processo de compra. Felizmente, os lucros provenientes das verdadeiras ações
superiores no longo-prazo mais do que compensam esses erros e ainda devem resultar
uma enorme margem de ganhos. Isso é particularmente verdadeiro se reconhecemos
o erro prontamente. Quando isso acontece, as perdas, se é que existirão
algumas, deverão ser bem menores do que se conservássemos a ação por muito mais
tempo. E o melhor de tudo, os fundos comprometidos nessa situação desagradável
ficam livres para serem empregados em outra coisa quaisquer que, se selecionada
corretamente, podem produzir ganhos substanciais.
Porém, existe um fator complicador que torna a
insistência nos erros de investimentos ainda mais comuns. O ego de cada um de
nós. Ninguém gosta de admitir para si mesmo que cometeu um erro. Se nós
cometemos um erro comprando uma ação, mas ainda podemos revendê-la com algum
lucro perdemos qualquer juízo de que estivemos errados. Por outro lado, se nós
vendemos com algum prejuízo ficamos bastante desconfortáveis sobre o assunto.
Esta reação, embora completamente normal e natural, é provavelmente, uma das
mais perigosas pelas quais podemos passar em todo processo de investimento. É
possível que os investidores percam mais dinheiro por manter uma ação que eles
realmente não desejavam possuir até que “consigam ficar quites” do que por
outra razão qualquer. Se somarmos a essas perdas os lucros que ainda poderiam
ter sido ganhos através de um investimento apropriado logo que esse erro fosse
descoberto, o custo da auto-indulgência passa a ser muito maior.
Ainda por cima, essa aversão em realizar qualquer
perda, até mesmo uma pequena perda, é tão natural quanto é ilógica. Se o
verdadeiro objetivo do investimento em ações é obter um lucro de algumas
centenas percentuais em um determinado período de anos, a diferença resultante
de uma perda de vamos dizer, 20%, ou um lucro de 5% é,
comparativamente, insignificante. O que realmente fará diferença é se o lucro
deixar de aparecer constantemente, aí às habilidades do investidor ou do seu
consultor financeiro devem ser questionadas.
Da mesma forma que as perdas nunca deveriam causar
um grande aborrecimento, não deveríamos também passar ilesos por elas. Essas
perdas devem sempre ser revistas com cuidado para que possamos aprender com
cada uma delas. Se os fatores que levaram a uma má avaliação na compra de uma
ação forem bem compreendidos, é pouco provável que uma compra pobre seja
efetuada novamente baseada nos mesmos quesitos de investimento.
Vamos agora a segunda razão pela qual uma ação deva
ser vendida. Deveremos vender as ações de uma companhia sempre que, devido às
mudanças causadas pelo passar do tempo, ela não mais se qualifique com o mesmo
grau que possuía no momento da compra. É por isto que os investidores devem
estar sempre alertas. Isso explica porquê é de suma importância nos mantermos
sempre em contato direto com todos os assuntos relacionados com as ações que
possuímos.
Existem normalmente dois motivos para que uma companhia se deteriore dessa forma. Ou houve má administração ou a companhia não tem mais as perspectivas de crescimento de mercado para seus produtos como tinha anteriormente. Algumas vezes a administração se deteriora porquê o sucesso afetou a cabeça de um ou mais executivos chaves. O excesso de confiança, a complacência ou a inércia substituíram a antiga motivação e ingenuidade. Normalmente, isso ocorre quando um novo time de executivos não avalia os negócios com os mesmos padrões e referenciais que seus antecessores. Ocorre também quando eles não se mantêm fiéis às políticas que fizeram daquela companhia uma vencedora, ou não possuem a habilidade para continuar adotando as mesmas políticas. Quando qualquer uma dessas coisas ocorrer, a ação afetada deverá ser vendida de uma vez só, independente das perspectivas gerais do mercado e do imposto de renda que tenha que ser pago sobre o lucro.
Da mesma forma, às vezes acontece que depois de um
crescimento fenomenal por vários anos, a companhia atinja um estágio em que
suas perspectivas de crescimento de mercado tenham se exaurido. Daí para frente
ela passará crescer com a mesma taxa que o setor ou a economia. Essa mudança
poderá ocorrer independentemente da deterioração da administração. Muitas
administrações mostram grande habilidade em desenvolver produtos relacionados
ou afins para tirar vantagem do crescimento no seu nicho de mercado. Embora
elas reconheçam que não possuem qualquer vantagem adicional para entrar em
outra esfera de atividade. Assim, se depois dela ter sido um expert em uma nova indústria em fase de
crescimento, os tempos mudaram e os seus fatores econômicos vierem se exaurido
de tal forma que as perspectivas de crescimento de mercado são ruins, ou se
suas ações se deterioraram de uma forma muito acentuada em nosso teste dos quinze pontos, a ação deverá ser vendida.
Nessa ocasião, a venda poderá ser efetuada com mais
segurança do que no caso de uma má administração ter assumido a companhia.
Talvez, alguma parte desse investimento possa ser preservado até que se
encontre um outro lugar mais atraente para investir. Embora, sob quaisquer
circunstâncias, a companhia não deva mais ser considerada adequada para um novo
investimento. Os ganhos de capital, não importam o tamanho, deverão sempre nos
prevenir de transferirmos nossos recursos para um outro lugar em que, alguns anos
adiante, possam voltar a crescer de forma similar ao investimento anterior.
Existe um bom teste para sabermos se uma companhia
não se qualifica mais no quesito crescimento futuro. O investidor deve
perguntar a si mesmo se no próximo pico do ciclo do negócio, independente do
que possa acontecer nesse meio tempo, o lucro-por-ação (depois do recebimento
de dividendos e splits, mas sem
considerar as ações emitidas para obter novos recursos) irá mostrar, pelo
menos, o mesmo crescimento a partir dos níveis atuais que ela obteve no último
ciclo econômico. Se a resposta for sim, a ação provavelmente deverá ser
mantida. Se for não, ela deve provavelmente ser vendida.
Mas, para aqueles que seguiram corretamente os
princípios para fazer suas compras originais, surge a terceira razão para se
vender uma ação, e esta deve ser apenas empregada se o investidor souber
perfeitamente o que está fazendo. Ela parte do princípio de que as
oportunidades de investimento são muito raras de serem encontradas. Pelo ponto
de vista do timing elas normalmente
acontecem quando os recursos para investimentos estiverem disponíveis. Se um
investidor possuir fundos para investir por um bom período e encontrar novas
oportunidades atrativas para investir esses recursos, ele poderá empregar
parte, ou todo o montante em uma companhia bem administrada que ele acredite
possuir boas perspectivas de crescimento. Embora seja possível que essas
perspectivas de crescimento possam apresentar uma taxa de crescimento anual
inferior a outros investimentos aos quais ele já se deparou anteriormente.
Embora as companhias que ele já possui em carteira possam parecer menos
atrativas em outros aspectos.
Se a situação é clara e evidente e o investidor se
sente bastante confortável sobre a sua percepção, ele irá, mesmo tendo que pagar
impostos sobre ganho de capital, trocar para o investimento que aparenta
possuir as melhores perspectivas. Uma companhia que apresente uma taxa de
crescimento média anual de 12% por um longo período de anos será uma fonte de
grande satisfação financeira para seus proprietários. Embora a diferença entre
esses resultados e aqueles que se pode esperar de uma outra companhia que a
presente uma taxa de crescimento médio anual de 20% devem superar bastante os
problemas adicionais da troca e o pagamento do imposto sobre ganho de capital
decorrentes da operação.
Na tentativa de transferir seus recursos para um
investimento ainda melhor, torna-se necessária uma palavra de precaução. Sempre
haverá a possibilidade de que algum elemento dentro do cenário não tenha sido
avaliado corretamente. Provavelmente, se isso ocorrer, o investimento não se
transformará naquilo que você havia previsto. Em compensação, um investidor
atento e que mantém uma ação por tempo considerável deve ser um bom conhecedor
de suas melhores qualidades e também das menos desejáveis. Dessa forma, antes
de vender um investimento satisfatório para tentar trocar por outro melhor
ainda, é necessário estar bem atento para certificar-se de que todos os
elementos da situação foram avaliados corretamente.
Nesse ponto, um leitor crítico e com boa capacidade
de discernimento deve ter identificado um dos princípios básicos de
investimentos, que parece ser bem conhecido de uma pequena minoria de
investidores bem sucedidos. Ele diz que uma
vez que uma ação seja escolhida corretamente e tenha passado ilesa pelo teste
do tempo, somente em casos excepcionais existirá algum motivo para vendê-la.
Só que a comunidade financeira emitirá pareceres e recomendações freqüentemente
dando uma série de motivos pelos quais deveríamos vender nossas ações
superiores. O que dizer sobre a validade desses motivos? As razões mais freqüentes são a convicção de que
haverá uma queda generalizada de grandes proporções logo adiante... Retardar a
compra de ações atrativas por receio daquilo que poderá ocorrer se houver uma
queda generalizada do mercado, tem, através dos anos, demonstrado ser uma
atitude bem cara. Isto porquê o investidor está ignorando a forte influência de
uma força, sobre a qual ele possui grande conhecimento, em detrimento de uma
outra força menos poderosa que na qual, no estado atual do conhecimento humano,
é apenas uma suposição. Se o argumento de que a compra de ações atrativas não
deve ser influenciada pelo medo de um mercado de baixa é válido, na defesa do
argumento contra a venda dessas ações nas mesmas condições ele é ainda mais
relevante ainda... Além do mais, a chance de um investidor estar correto
fazendo essas vendas é ainda menor pelo fato dele ainda ter ainda que pagar
imposto de renda sobre os ganhos de capital. Os grandes lucros que essas ações
superiores devem ter acumulado, caso tenham sido mantidas por um considerável
período de anos, só farão com que o imposto sobre os ganhos de capital acentuam
ainda mais o custo de se fazer essas vendas.
Existe ainda uma outra razão pela qual um
investidor não deve vender uma ação superior porquê um mercado de baixa tem a
possibilidade de ocorrer. Se a companhia é realmente a companhia certa, o
próximo mercado de alta fará com que ação atinja um pico ainda superior ao
anterior. Como o investidor iria saber quando comprar de volta? Teoricamente,
depois do fundo ter ocorrido. Pressupondo que o ele teria como saber exatamente
quando o mercado chegou ao fundo. Eu tenho visto muitos investidores venderem
suas ações que vieram depois a apresentar um ganho excepcional nos anos
seguintes simplesmente pelo simples receio da possibilidade de um mercado de
baixa. Normalmente o mercado de baixa acaba não ocorrendo e a ação continua
subindo. Eu não consegui ver até hoje um caso entre dez em que depois do
término do mercado de baixa o investidor tenha realmente retornado as mesmas
ações que possuía antes delas atingirem o valor pelo qual ele as vendeu.
Normalmente, ele fica esperando que a ação volte a um valor bem abaixo daquele
que ela caiu, ou, quando ela está caindo, o medo de que alguma outra coisa
venha a acontecer evita que ele embarque novamente no papel.
Isso nos leva a uma outra linha de raciocínio muito
empregada para que investidores bem intencionados, mas pouco sofisticados,
percam grandes lucros no futuro. É o argumento de que se uma ação superior
ficou sobre-avaliada deveria ser vendida. Não existe lógica nisso? Se uma
ação está sobre-avaliada, porquê não vendê-la ao invés de permanecer com ela?
Antes de chegarmos a conclusões erradas, vamos
olhar um pouquinho abaixo da superfície. O que é sobre-avaliada? Aonde estamos
querendo chegar? Qualquer ação superior será vendida, e realmente deveria ser,
a um preço em relação aos lucros superior a de uma outra com potencial de
expansão de lucros menor. Afinal de contas à possibilidade de participar do
crescimento de lucros contínuo deve valer alguma coisa. Quando dizemos que uma
ação está sobre-avaliada, nós podemos estar querendo dizer que ela está sendo
vendida a um índice acima daquilo que nós acreditamos que deveria ser o seu
poder de crescimento de lucros no futuro. Possivelmente podemos estar querendo
dizer que ela está sendo vendida a um índice superior a outras ações de
companhias com perspectivas similares de aumentar substancialmente seus lucros
futuros.
Tudo isso é uma tentativa de medir alguma coisa com
um nível de precisão maior do que é realmente possível. O investidor não poderá
dizer exatamente quanto será o lucro por ação de uma companhia daqui a dois
anos. Ele pode, na melhor das hipóteses, avaliar isso genericamente dentro de
parâmetros não matemáticos tais como “vai ser mais ou menos a mesma coisa”,
“vai subir um pouquinho”, “vai subir muito”, ou “vai subir pra caramba”. De uma
forma geral, nem mesmo a alta administração da companhia poderá prever um
número com maior precisão do que essa. Nem eles nem os investidores são capazes
de dizer com a mínima segurança se haverá um aumento considerável de lucros
daqui a alguns anos. Saber quanto ela vai crescer, ou em que ano exatamente
isso irá ocorrer, normalmente envolve fazer suposições sobre diversas variáveis
que tornam previsões precisas impossíveis.
Baseado nessas circunstâncias como alguém poderá
dizer, mesmo com a mínima precisão, o que é sobre-avaliado para uma companhia
superior com uma taxa de crescimento excepcional? Suponha que ao invés de ser
vendida a 25x seu lucro, como normalmente ocorre, a companhia esteja agora
avaliada a 35x seus lucros. Talvez, em um futuro próximo, existam novos
produtos de uma grande importância que a comunidade econômica possa ainda não
ter se apercebido. Talvez nem haja qualquer desses produtos. Se a taxa de
crescimento de lucros for tão boa de forma que daqui a dez anos a companhia
possa muito bem ter quadruplicado, é realmente de grande importância se a
companhia está, ou não está sobre-avaliada de 35%? O que realmente importa é não perturbar uma posição econômica que irá
valer muito mais daqui a algum tempo.
Novamente, nosso velho amigo, o imposto sobre ganho
de capitais, acrescenta um pouco mais a essas conclusões. Ações de crescimento
que são recomendadas para a venda somente porquê estão supostamente
sobre-avaliadas normalmente custarão aos seus proprietários porções
consideráveis em termos de ganhos de capital. Ainda devemos adicionar a isso o
risco de perdermos uma posição permanente em uma companhia que através dos anos
deve continuar a apresentar mais lucros além de conseguirmos uma postergação de
impostos. Não é muito mais seguro e mais barato simplesmente nos convencermos
que a companhia está moderadamente precificada um pouco à frente no tempo? Nós
já temos um lucro considerável em cima dela. Se ocasionalmente a ação perder,
vamos dizer, 35% de sua cotação atual no mercado, isso é realmente um problema
de verdadeira relevância? Novamente, não é a manutenção de nossa posição ao
invés de uma perda temporária de nossos ganhos de capital o que realmente
importa?
Existe ainda um outro argumento que alguns
investidores normalmente empregam para impedir que eles consigam auferir os
lucros que tinham potencial para conseguir. Esse então é o mais ridículo de
todos. É que a ação que eles possuem já fez um grande avanço. E, se ela já
subiu bastante, deverá provavelmente ter perdido a maior parte do seu
potencial. Conseqüentemente, eles devem vender este papel e comprar outro que
ainda não subiu tanto ainda. Companhias superiores, que são o único tipo de
companhias que acredito que os investidores deveriam comprar, não funcionam
dessa maneira. A forma como funcionam será mais bem compreendida pela
interessante analogia abaixo.
Vamos supor que um dia você se gradue no
científico. Se você não fez o científico, considere que esta seja a sua
formatura de ginásio; no ponto de vista do nosso exemplo isso não fará a menor
diferença. Suponha então que no dia da sua formatura todos os meninos da sua
sala possuam uma necessidade urgente de dinheiro. Todos eles propõem a você o
mesmo trato. Se você der a qualquer um deles a soma equivalente a dez vezes o
salário que cada um deles ganharia nos primeiros 12 meses de trabalho, esse
aluno retornaria para você um quarto de seus ganhos anuais pelo resto de suas
vidas! Finalmente, vamos supor que, embora você ache essa uma excelente
proposta, você só tem dinheiro suficiente para fechar acordo com três dos seus
colegas de turma.
Nesse ponto seu raciocínio de investidor deve estar
correlacionando isso vagamente aos bons princípios de investimento empregados
para a escolha de ações. Você então começaria a analisar cada um de seus
colegas de turma não pelo ponto de vista das amizades, mas apenas sobre o ponto
de vista de quanto dinheiro eles teriam potencial de fazer no futuro. Se você
fizer parte de uma classe grande, provavelmente irá eliminar aqueles que você
não conhece bem suficientemente, para que possa efetuar um julgamento razoável
de como eles estarão financeiramente daqui a alguns anos. Novamente a analogia
com a compra de ações ronda por perto.
Você logicamente escolherá três dos seus colegas
que você tem o pressentimento que terão o maior potencial para obterem alta
lucratividade no futuro. Você fecha um acordo com eles. Dez anos se passaram.
Um de seus três colegas se saiu extremamente bem. Foi trabalhar em uma grande
companhia, e recebeu uma promoção atrás da outra. Alguns insiders dentro dessa companhia vem dizendo que ele tem grandes chances
de obter o maior cargo dentro da firma nos próximos dez anos porquê o
presidente da empresa está de olho nele. Ele terá direito a grandes bônus
anuais, opções sobre ações e benefícios de previdência que acompanham o cargo.
Nessas circunstâncias o que estarão dizendo os
analistas de mercado? Realize o lucro logo porquê a “ação subiu mais que o
resto do mercado”? Você pensaria em vender esse contrato simplesmente porquê
alguém lhe ofereceu 600% acima do valor que você pagou a esse antigo colega de
turma? Você não acredita que alguém que tenha aconselhado você a vender esse
contrato e trocá-lo por outro de um antigo colega que ainda está ganhando a
mesma coisa de dez anos atrás quando ele largou o científico, deva fazer um
exame mental o mais rápido possível? O argumento de que seu colega bem sucedido
já subiu bastante enquanto o outro colega não tão bem sucedido
(financeiramente) ainda não subiu vai parecer bastante idiota para você. Se
você, da mesma forma, conhecer bem suas ações, muitos dos argumentos ouvidos
sobre a venda de ações superiores irão se parecer igualmente tolos.
Você poderá até estar pensando que tudo isso soa
correto, mas colegas de turma não são ações. Para dizer a verdade, existe uma
grande diferença. De fato, esta diferença aumenta mais ainda o motivo pelo qual
nunca devemos vender uma ação superior simplesmente porquê ela subiu bastante e
estar aparentando temporariamente sobre-avaliada. A diferença é que o seu
colega de turma é finito, e poderá morrer logo e, certamente, acabará morrendo
um dia. Não existe nenhuma similaridade com ações. As companhias por trás desse
papel podem possuir a prática de selecionar seus talentos administrativos com
profundidade e treiná-los nas políticas da companhia, métodos e técnicas de
forma que ela consiga reter e passar o vigor corporativo por várias gerações.
Veja o caso da Du Pont em seu segundo século de existência corporativa. Veja a Dow
Chemical anos depois da morte de seu brilhante fundador. Nessa era de
necessidades humanas ilimitadas e de mercados deslumbrantes, não existem
limitações para o crescimento corporativo como existe na vida de um indivíduo.
Os pensamentos por detrás desse post talvez
possam ser resumidos em uma única frase: Se
o trabalho foi bem feito quando uma ação foi comprada, a melhor hora para
vender será – quase nunca." Philip Fisher
Excelente post. Obrigado por compartilhar!
ResponderExcluirAbraços
Post FANTÁSTICO! Meus parabéns mesmo! Resumindo tudo isso aí em cima em uma palavra?
ResponderExcluirBastter.
Abraços!
Muito bom o post, obrigado.
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