Pessoas que se juntam por opção própria ou
por força das circunstâncias e adotam um padrão de comportamento coletivo sob
uma bandeira comum são o pilar central de todas as gangues e grupos. De Neonazistas
até Religiões Organizadas, os grupos
a que pertencemos nos definem, e os momentos mais fortes de nossas vidas
acontecem quando os contestamos, mudamos ou saímos deles, desafiamos os
líderes, pensamos com a própria cabeça e partimos numa nova direção com o nosso
próprio conjunto de regras.
As páginas da literatura estão cheias dessas
lutas – do playground até o campo de
batalha. Tudo é uma questão de
pertencer, acreditar e se comportar de uma determinada maneira. Enquanto
caminhamos pela vida, as coisas tendem a se acomodar, nossos padrões vão se
mantendo, e fica mais fácil continuar do que mudar, aceitar do que lutar e não
pensar do que pensar.
A Bolsa está cheia de gangues. Muitos de nós
fomos parar nelas sem realmente pensar a respeito. Aqui vão algumas das que existem:
A
Gangue de Warren Buffett. Um bando de fãs facilmente iludidos
com idéias irreais de que podem ler algumas frases do mestre e ter o mesmo
desempenho do investidor mais inteligente do nosso tempo.
A
Gangue da Carteira de Longo Prazo, aquela em que No Fim Tudo dá Certo.
Também conhecida como a gangue de “passar o máximo de tempo na bolsa e não
tentar capturar o timing da bolsa”. Toda vez em que a bolsa passa por uma baixa
prolongada, eles são destruídos.
A
Gangue que Faz o Melhor de Si, com as Melhores Intenções, para Administrar o Próprio
Superfundo pela Internet.
Essa é casca grossa. As pessoas assumem a responsabilidade pelo futuro
delas e das próprias famílias no tempo livre, geralmente sem qualquer tipo de
orientação ou experiência.
A
Gangue do “Chutando com um Louco”. Geralmente são novatos na
bolsa, que acham que, como é a bolsa, o jogo é um pouco mais sofisticado que
jogar par ou ímpar.
A
Gangue dos Contratos Futuros. Muito fácil de se entrar,
mas muito difícil de se permanecer por muito tempo, porque tem o maior índice
de perdas de clientes. As únicas pessoas que (no longo prazo) ganham dinheiro
com contratos futuros são os operadores.
A
Gangue de Manter uma Ação Para Sempre. Essa tem o maior número de
milionários e de “miliotários”. (Miliotários: Pessoas que tinham um patrimônio
de um milhão em OGX e perderam tudo.)
A
Gangue dos Operadores. Essa
turma, antes respeitada costumava agir sob o lema “minha palavra é o meu compromisso”, até que o Estouro do Subprime em
2008 afundou seus membros num mar de culpa, leis e burocracia. Hoje é apenas
uma sombra do que já foi.
A
Gangue da Análise Técnica. Para ser membro dela, não é preciso
fazer qualquer trabalho, além de ver o que todo mundo está fazendo e tratar de
imitar o mais rápido possível. É uma turma surpreendentemente disciplinada, e
isso, por si só, tem garantido sua existência e sua permanente riqueza. Seus
membros mais bem-sucedidos também pertencem à Gangue Fundamentalista.
A
Gangue Fundamentalista. Acredita nos números, na pesquisa, nas
premissas e no que a empresa diz, mas tudo isso está sujeito a erros
significativos e a algumas informações falsas de vez em quando, como por
exemplo: quando a empresa maquia a
contabilidade divulgando balanços irreais.
A
Gangue da Opções. É melhor só entrar nessa aí por rápidos
períodos, quando estiver de posse de alguma informação confiável e
confidencial. Para permanecer muito tempo nela, você vai ter que saber o que está
fazendo e ter uma carteira bem grande, para garantir suas operações.
A
Gangue do Eu não Boto o Meu Dinheiro na Bolsa. Os membros dessa
gangue ou têm muito dinheiro e ganham na renda fixa o suficiente para atender
às suas necessidades, ou perderam tudo e foram proibidos pela esposa de
continuar a destruir o futuro da família.
A
Gangue do Eu Vendi no Auge da Alta. Número de membros: nenhum.
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