quarta-feira, 15 de outubro de 2014

RENDA OU CRESCIMENTO ?













Os comentaristas financeiros costumam fazer uma distinção entre carteiras construídas com o objetivo de crescimento (growth) das carteiras com o objetivo de renda (income). 

Nestas carteiras é esperado que:

O crescimento de capital venha de ações, e a renda venha dos dividendos de ações e de pagamentos fixos, vindos dos juros de renda fixa ou debêntures.

A fronteira entre as duas formas de investimento não é tão delimitada quanto se possa imaginar. Uma interpretação equivocada poderá conduzir a erros perigosos  na administração de carteiras. 




O que é certo é que: 

O objetivo principal de qualquer carteira é fazer o dinheiro crescer, consistentemente, o mais rápido possível; de uma forma compatível com o nível de risco assumido; 





E também:

Que o objetivo final de qualquer carteira é produzir renda para seu dono ou seus beneficiários. 




A Renda pode ser empregada para se conseguir crescimento. Investidores “em valor” podem muito bem comprar papéis com alto “Dividend Yeld” (e baixo P/L) por acreditarem que estes papéis podem vir a oferecer bons ganhos de capital quando comparados à papéis de crescimento (normalmente com alto P/L), já bem valorizados pelo Mercado. Os dividendos podem, também, serem empregados para a compra de mais ações enquanto aguardando por uma subida ou uma reavaliação pelo Mercado.




Em certas circunstâncias, investidores “em valor” podem também comprar debêntures ou investimentos de renda fixa (ou títulos do Governo) para produzir ganhos de capital. Eles podem estar com a percepção de que a inflação está em vias de cair francamente, aumentando desta forma o valor na renda fixa. Se você pensa em garantir sua renda após a aposentadoria transformando toda a sua carteira em renda fixa, você pode estar com grande chance de ver seu padrão de vida cair. Sua renda será fixa, mas a inflação poderá continuar a crescer pelo resto de sua vida – e isto pode perdurar por décadas. 

A maneira correta de preservar a seu rendimento é garantir que sua carteira crescerá continuamente protegida da inflação. Para conseguir isto, você poderá converter de 1/3 a ¼  de sua carteira em renda fixa (ou títulos do Governo), conservando o resto em ações.  

Pessoalmente, considero os Fundos Imobiliários uma alternativa muito melhor que a renda fixa, pois o principal está literalmente protegido da inflação, enquanto que a renda fixa está indexada a índices oficiais (que são manipuláveis) e com isso o seu dinheiro pode acabar sendo corroído ao longo das décadas.  




Na teoria poderia-se pensar em investir a carteira completamente em ações desprezando-se a renda fixa. As ações iriam teoricamente valorizando-se e, toda vez que você necessitasse de renda, bastaria vender uma pequena parte de suas ações com parcimônia. Só, que neste caso, o perigo seria ver o valor de todos os seus papéis caírem em um mercado de baixa, e você ter que reduzir a sua renda dramaticamente (pois ela é decorrente da venda de papéis) e consequentemente o seu padrão de vida, de maneira a preservar o valor de seu capital residual. 





Então, antes de fazer decisões radicais entre crescimento e renda lembre-se:

O chamado investimento de renda tem o seu lugar em uma carteira de crescimento; 





E:


Os investimentos em crescimento tem uma importância muito grande nas carteiras de renda.
















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