Ouro é investimento? Ouro é um bem que
pode ser guardado para preservar o capital.
Como acontece com o dólar, se ao fim de algum tempo você for buscá-lo,
verá que existe a mesma quantidade que havia quando você o guardou. Se precisar de dinheiro, terá de vender o ouro
- e lá se vai o seu patrimônio.
Aplicar dinheiro em jóias, obras de arte ou
automóveis, seria ato sensato? Não, não.
Objetos ou instrumentos de uso pessoal não são investimento, porque,
como o dólar ou ouro, não produzem dinheiro.
E que tal investir em propriedades para
alugar? Esse é investimento. Mas conheço
casos dolorosos de famílias que herdaram imóveis valiosos, que entretanto não
podiam ser vendidos por estarem ocupados
por inquilinos e que não produziam o suficiente para pagar os IPTUs e outros
impostos incidentes sobre as propriedades.
O patrimônio alto, portanto, era apenas teórico. O imóvel comprado como investimento poderá
gerar dinheiro se for alugado, mas dará retorno pífio e trabalhoso.
E o dinheiro que você deposita na poupança,
pensando em usá-lo mais tarde, está bem aplicado? Não. Esse dinheiro não é bom, por três motivos:
1. Depois que o governo federal confiscou as
poupanças em 1990, com o apoio do congresso , não há mais nenhuma certeza ou
garantia de que outros governos não farão a mesma coisa, num futuro próximo ou
remoto.
2. Na verdade, há décadas que o poupador vem
sendo imperceptível e sistematicamente confiscado pelo governo, que todo mês
escamoteia pequenos percentuais de correção monetária, os quais, acumulados no
final de cada ano, atingem índices superiores a 10% anuais de escamoteação.
3. Mesmo que o governo cobrisse integralmente
as perdas sofridas pela desvalorização da moeda, no momento em que o poupador
começasse a usar o dinheiro acumulado durante anos e anos de sacrifício, veria
que esse capital se acabaria rapidamente, até desaparecer de vez.
Ações e Fundos Imobiliários a longo prazo são as
únicas aplicações que se enquadram na categoria de investimentos entre as
alternativas existentes no mercado financeiro.
Ação é a menor fração da propriedade de uma empresa que você pode
adquirir. Como acionista você participa dos lucros das companhias. Como
proprietário de cotas de FIIs você participa dos aluguéis de imóveis de
primeira linha.
Com o passar do tempo, você poderá viver
exclusivamente dos dividendos que as Empresas
ou os Imóveis pagam. Quando essa época chegar, você na verdade já
se tornou profissional de dividendos, como muitos que existem sem nunca
aparecer. Pode-se atingir esse ponto de
dois modos:
1. Você
tem dinheiro e o aplica de uma só vez.
2. Você
não tem dinheiro mas pode começar investindo pequenas quantias que são sobras
de economias não gastas no consumo.
Como você já percebeu, os dividendos são a
razão da permanência dos Investidores no Mercado. Estes atribuem importância
fundamental ao índice Dividend Yeld
(DY). Yeld é uma palavra que pode ser sugestivamente traduzida por “produto” ou “resultado”.
Yeld é taxa que se obtém pela relação Dividendo/Preço. Na verdade, o DY é um produto final. É o índice
mais importante do sistema que nós, investidores, utilizamos para aplicar na
Bolsa. Esse sistema tem por base
exclusivamente os dividendos que as empresas pagam e que, por sua vez, saem dos
lucros que elas obtêm em suas operações sociais.
O DY é a maneira mais direta e concreta de
abordagem do investimento – qualquer investimento. No regime capitalista, não se concebe
investimento sem DY, seja em títulos de renda fixa ou variável, seja em
aplicações no mercado imobiliário ou em qualquer outro mercado capaz de
produzir renda.
O DY,
juntamente com a Taxa de Crescimento formam o principal pilar da
avaliação saudável de boas empresas, juntamente com outros fatores menores,
como, situação da dívida, análise setorial etc.
Se a empresa paga “ZERO” de DY, ela tem, no mínimo, que crescer
reaplicando os lucros. Se a empresa
parou de crescer, ela tem que distribuir 100% de seus lucros na forma de
DY. Existe também o meio termo, empresas
que crescem e distribuem uma parte do seu lucro. Mas no fim, terá que ser distribuído entre os acionistas. Este é o objetivo final. Toda macieira, quando crescer, terá que dar boas maçãs.
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