segunda-feira, 11 de maio de 2015

DIVIDEND YELD











Ouro é investimento? Ouro é um bem que pode ser guardado para preservar o capital.  Como acontece com o dólar, se ao fim de algum tempo você for buscá-lo, verá que existe a mesma quantidade que havia quando você o guardou.  Se precisar de dinheiro, terá de vender o ouro -  e lá se vai o seu patrimônio.




Aplicar dinheiro em jóias, obras de arte ou automóveis, seria ato sensato? Não, não.  Objetos ou instrumentos de uso pessoal não são investimento, porque, como o dólar ou ouro, não produzem dinheiro.

E que tal investir em propriedades para alugar? Esse é investimento.  Mas conheço casos dolorosos de famílias que herdaram imóveis valiosos, que entretanto não podiam ser vendidos  por estarem ocupados por inquilinos e que não produziam o suficiente para pagar os IPTUs e outros impostos incidentes sobre as propriedades.  O patrimônio alto, portanto, era apenas teórico.  O imóvel comprado como investimento poderá gerar dinheiro se for alugado, mas dará retorno pífio e trabalhoso.




E o dinheiro que você deposita na poupança, pensando em usá-lo mais tarde, está bem aplicado? Não.  Esse dinheiro não é bom, por três motivos:

1. Depois que o governo federal confiscou as poupanças em 1990, com o apoio do congresso , não há mais nenhuma certeza ou garantia de que outros governos não farão a mesma coisa, num futuro próximo ou remoto.

2. Na verdade, há décadas que o poupador vem sendo imperceptível e sistematicamente confiscado pelo governo, que todo mês escamoteia pequenos percentuais de correção monetária, os quais, acumulados no final de cada ano, atingem índices superiores a 10% anuais de escamoteação.

3. Mesmo que o governo cobrisse integralmente as perdas sofridas pela desvalorização da moeda, no momento em que o poupador começasse a usar o dinheiro acumulado durante anos e anos de sacrifício, veria que esse capital se acabaria rapidamente, até desaparecer de vez.

Ações e Fundos Imobiliários a longo prazo são as únicas aplicações que se enquadram na categoria de investimentos entre as alternativas existentes no mercado financeiro.  Ação é a menor fração da propriedade de uma empresa que você pode adquirir. Como acionista você participa dos lucros das companhias. Como proprietário de cotas de FIIs você participa dos aluguéis de imóveis de primeira linha.




Com o passar do tempo, você poderá viver exclusivamente dos dividendos que as Empresas ou os Imóveis pagam.  Quando essa época chegar, você na verdade já se tornou profissional de dividendos, como muitos que existem sem nunca aparecer.  Pode-se atingir esse ponto de dois modos:

1. Você tem dinheiro e o aplica de uma só vez.

2. Você não tem dinheiro mas pode começar investindo pequenas quantias que são sobras de economias não gastas no consumo.

Como você já percebeu, os dividendos são a razão da permanência dos Investidores no Mercado. Estes atribuem importância fundamental ao índice Dividend Yeld (DY). Yeld é uma palavra que pode ser sugestivamente traduzida por “produto” ou “resultado”.

Yeld é taxa que se obtém pela relação  Dividendo/Preço.  Na verdade, o DY é um produto final.  É o índice mais importante do sistema que nós, investidores, utilizamos para aplicar na Bolsa.  Esse sistema tem por base exclusivamente os dividendos que as empresas pagam e que, por sua vez, saem dos lucros que elas obtêm em suas operações sociais.

O DY é a maneira mais direta e concreta de abordagem do investimento – qualquer investimento.  No regime capitalista, não se concebe investimento sem DY, seja em títulos de renda fixa ou variável, seja em aplicações no mercado imobiliário ou em qualquer outro mercado capaz de produzir renda.




O DY, juntamente com a Taxa de Crescimento formam o principal pilar da avaliação saudável de boas empresas, juntamente com outros fatores menores, como, situação da dívida, análise setorial etc.  Se a empresa paga “ZERO” de DY, ela tem, no mínimo, que crescer reaplicando os lucros.  Se a empresa parou de crescer, ela tem que distribuir 100% de seus lucros na forma de DY.  Existe também o meio termo, empresas que crescem e distribuem uma parte do seu lucro.  Mas no fim, terá que ser distribuído entre os acionistas.  Este é o objetivo final.  Toda macieira, quando crescer, terá que dar boas maçãs.

As pessoas que têm o juízo no lugar compram ações para obter rendimento, que as empresas pagam depois de produzirem lucro, que é a movimentação única de qualquer negócio.  











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