Embora o conceito do investimento em
valor seja comprar empresas que estão sendo negociadas abaixo de seu valor
subjacente, colocar isso em prática é o desafio enfrentado pela maioria dos
investidores. Mencionei várias vezes
neste blog que, embora você precise de alguma inteligência, o verdadeiro
segredo é ter o temperamento certo. Como
um investidor em valor, você provavelmente comprará ações quando seu preço
estiver mais próximo de sua mínima anual do que de sua máxima, o que não é algo
fácil de fazer. Você também comprará uma pequena empresa que está sendo
rejeitada ou tem cobertura negativa da imprensa ou o preço de suas ações sofreu
um declínio acentuado – ou isso ao mesmo tempo.
É nesse
momento que o temperamento entra em jogo.
Você deve deixar que os fatos determinem o preço da empresa e não o
Sr. Mercado. Isso significa afastar-se da multidão,
desafiar o senso comum e evitar o último “romance
setorial” da Bovespa. Haverá
ocasiões em que parecerá tolice possuir algo que “todos sabem” que é um fracasso.
Mas são essas ocasiões em que surgem as pechinchas e, de acordo com
Benjamin Graham, é quando você tem vantagem. Um exemplo disto foi as ações do ITAÚ (ITUB3) que estavam precificadas há R$ 21,00 reais há pouco menos de um mês.
O investidor
que se permite entrar em pânico ou se preocupa excessivamente com declínios
injustificáveis do mercado em relação a seus investimentos está perversamente
transformando suas vantagens básicas em desvantagens básicas. Esse homem estaria melhor se suas ações não
tivessem nenhuma cotação de mercado, já que ele seria poupado da agonia mental
causada pelos erros de julgamento de outras pessoas.
Compre uma
ação como se estivesse comprando uma empresa privada. Examine os fundamentos da empresa (lucros,
vendas, margens, etc.) e não o preço da ações, para determinar o quanto a
empresa está indo bem. No longo prazo,
você estará muito mais feliz e mais rico.
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